Blasés

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Jeffrey Scott Buckley foi um grande cantor que infelizmente não viveu tempo suficiente para cair nos braços das grandes massas. Eu mesmo só o descobri dez anos após sua trágica e precoce morte(morreu afogado e aos 31 anos)porque graças a Deus ele é influencia de grande parte das bandas que eu gosto. Além de ter uma voz excepcional ele é era um letrista de muito feeling... Suas letras falam das relações interpessoais de uma forma peculiarmente sofrida e com aquele tom de adeus. Ele é um excelente exorcista e um bom companheiro para aquelas horas de dor de cotovelo... aí vai a poesia... na verdade ela é uma musica(qndo tiver paciencia posto ela aqui):

Curto tempo

...O brilho enterno de um amor,
a sensação de um clamor...
o medo de partir e não ter feito nada
a urgência de finalizar
uma obra
é o prenúncio
de quem sabe que o tempo,
o tempo é curto...

Um último adeus
no banho de rio
é o fim do brio
de enfrentar
o amor e os seus mistérios
a poesia e os seus critérios
é mais um dos bons
que a gente perde
pro egoísmo
da dama da noite...

E os anjos no céu
o recebem cantando:
"aleluia"
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010


O título desse post era pra ser "Quando um filme trascende a tela". Mas enquanto eu pensava no que escrever eis que tive um surto de inspiração e resolvi escrever um poema tendo como inspiração o filme que dá nome ao post.
Já faz um certo tempo que um filme me fez "viajar" por dias e mais dias (o último foi O Brilho eterno de uma mente sem lembranças). O que me leva inferir que a musica já toma mais espaço nas minhas emoções do que qualquer outro tipo de arte.
O filme, basicamente, conta a historia de um jovem inteligente e com um futuro promissor (dentro dos padrões da sociedade), que joga tudo pro alto e resolve atravessar o país rumo ao Alaska(Tem muito mais implícito)... Belo filme sobre as coisas simples da vida e de como devemos lutar com unhas e dentes pelo que queremos. Fica aí a dica. E o meu poema:

Na natureza selvagem

Preso,
no insólito
claustrofóbico
tom de mesmice

Grito e saio correndo
tentando encontrar razão na insanidade
com um esforço tremendo...
nem parece que tenho essa idade

Visito lugares,
pessoas,
costumes,
coisas e coisas boas...

Eu e a natureza
damos inicio a um flerte
que me faz enxergar as belezas
Ah! deixe que a beleza me liberte!

Me deixe dizer que a vida tem
que ser vivida, corrida, amada
Deixe-me dizer que a alegria
só é real quando compartilhada.

-A alegria só é real quando compartilhada.
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Começo 2010 de uma forma bem simples: Lembrando oque de melhor escrevi para os meus amigos, meus parentes, meus amores do passado e meu amor de hj...
Igor e Carol: Casal ímpar, juntos seguraram os maiores perrengues que se pode imaginar, e o amor tá aí firme e forte... aí vai:

O valor das coisas ganha um novo prisma quando se
deixa o caos se expandir, mesmo que por alguns
momentos. É assim que o amor surge "sem querer"...
É assim que ele tem o melhor sabor...
É por isso que é a cura para todo mal...
Enquanto outros prometem mundos e galáxias, nós, simplesmente,
nos permitimos ser felizes...
É assim a nossa dualidade: Um sem o outro deixa de ser um...
É assim a cada sorriso, a cada canção,
a cada beijo, a cada momento vivido e os que ainda
há de se viver...
O amor é assim: simples como o acaso.
... Por fim, após quase 14 meses de ausência "intelectual", lembrei do blog e de todo o labor que é blasear... ter insights(ainda não tive nenhum), escrever... Ah! A máxima de que escrever é exercício nunca se fez tão presente em minha louca vida.
Esse "ano sabático" foi terrível para minha fertilidade mental: fiquei sem compor minhas canções(quem me conhece sabe o quanto isso é importante pra mim), sem escrever as tais poesias, sem blogar e principalmente blasear. Durante todo esse período massacrante a pergunta que eu mais me fazia era: "porque isso? porque eu?". Só agora que recuperei a bendita inspiração é que me dei conta de que tinha parado, também, de anotar minhas idéias em qualquer lugar. Porque às vezes a idéia vem no onibus, na rua, no banho, enfim, na horas que menos se quer pensar "blaseísticamente". Depois que entendi o que estava faltando tudo fluiu como antigamente.
Há quem diga que eu tenho que procurar um neurologista porque minha memoria já não é mais a mesma(Até acredito nessa hipótese). Mas o lance é exercitar a escrita e o jeito blasé de pensar... e isso eu acho que minha (falha) memória me devolveu.
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