Blasés

domingo, 23 de outubro de 2011
Devastado e corrompido
Pela luz que vem de lá
Não pense que é impossível
Alcançar um outro plano
Sem sair do lugar

Os brilhos mais perfeitos
Escondem os defeitos

Dessa doce embriaguez
Que faz a mente se dividir
Em outros corpos,
Em vários copos

Um brinde à você!
Vem me entorpecer

A qualquer momento
Com tantas lembranças
E milhões de historias
(traz-me o desespero)

Tenho tanto medo
De viver com medo
Do que é tão bonito
E foi esquecido

Mais, eu quero mais
Uma dose de você

Das 12 vezes que tentei
Não tive como entender
- Por que que somos ilícitos?
-É impossível falar!

Meu crime perfeito
Esconde seu beijo

Dessa doce embriaguez
Que faz a mente se dividir
Pelo seu corpo, em vários copos

Um brinde ao amor!
Vem me entorpecer

A qualquer momento
Com tantas lembranças
E milhões de historias
(traz-me o desespero)

Tenho tanto medo
De viver com medo
Do que é tão bonito
E foi esquecido

Mais, eu quero mais
Uma dose de você
sábado, 22 de outubro de 2011
A calma inocência
É fugaz alegria
De um breve conforto

E o conforto é intento...

A sua desordem
É minha, só minha.
Meu melhor desgosto

E de gostos eu entendo...

Confusão, aqui tá bom.
Revisitar é se iludir?
Mas, paixão, cadê razão
Pra superar nosso existir?

A certa prudência
Do próximo passo
É pura indecência

Indecente é nosso jogo...

A sua loucura
É nossa, só nossa.
É efeito colateral...

De frases de efeito eu entendo...

Confusão, o lado de lá é bom.
Reconquistar é se perder?
Mas, paixão, cadê razão
Pra não seguir esse fluxo estúpido?
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Depois do surto,
O soco moral

Depois do ódio
O amor é brutal

Faz tanto tempo
Que nada está
Tranquilo e no silêncio
Aumenta-se o incêndio

Depois do ópio
O prazer é imoral

A um suspiro do inspirar
O ocaso da angúsita
Se dá com astúcia

Arte pela arte
E todo sufoco à favor

Eu sou corpo, você a alma
Você a calma, eu o desconforto

É tão confuso, confuso
Pecar e brindar

Após o brinde
A razão vem te buscar

Do seu abrigo escondido
Que está
Tranquilo e no silêncio
Mais lenha pra esse incêncio

Na insobriedade
O desejo é mortal
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Perfeito no contexto
Incerto no geral
O medo é o que rejeita...
Isso é normal

Complexo como o sexo
O desejo é tão real
O risco é a desculpa
Mais fatal

Deixe entrar (e use!)
Deixe rolar (acuse!)
Deixe o amor que ele vem depois...

E se chegar (abuse!)
Se não vingar (recuse!)
Busque algo melhor
Pra esquecer

Lá onde sentimentos
Se confundem em cores
Onde a solidão é a menor das dores
Onde o óbvio é óbvio...

Seja um novo texto
Que foge do real
Arrisque o seu beijo mais fatal

Não deixe rolar inércia
Não deixe de entrar em transe
Não deixe os desejos pra qualquer depois...

Se o amor chegar (abuse!)
Se não vingar (recuse)
Busque algo maior

Deixe, deixe, deixe...
Não deixe!
Deixe-me entrar
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Defina o gosto
Sem medo
E não confunda
Os desejos

Vem, me aperte mais forte
Que a sorte
Dos desamores rebeldes

Nervos à postos
Suave...
Perde-se mais um
Embate

Sempre o amor nos vence
No ventre há um amor pra sempre

Existe exatidão
Em meio ao caos?
Doce devaneio
Leve despero
Vai passar...
Vai passar...

Sempre é o amor que vence
No peito dor e amor pra sempre...
domingo, 16 de outubro de 2011
Todos os amantes são mentirosos
Todo amor nunca resiste ao ócio
Toda cor precisa ser revisitada
Nunca há dor que não se junte ao nada

De qualquer adeus
Que bom te rever
Se o fim morreu,
Então minta pra mim

Todos os amantes são menticulosos
Todo amor é apaixonado pelo ódio
Toda cor tem um fim em degradê
Que nunca deixa morrer

O fim que recomeçou
O adeus ao castigo
Se o amor for um mito
Então minta pra mim
sábado, 8 de outubro de 2011
É preciso correr
Sem sair do lugar
Para manter o equilíbrio
Desse nosso vício.

Repita o mantra,
Seja a navalha,
Nada é de graça,
Diga o meu preço!

Mas, devagar
Com o desejo
De mudar de plano.
Insano, estranho
Tanto medo
É porque
Esse vício
Não pode ficar pra depois

É preciso esconder
Qualquer triunfo futuro
Para manter nosso brio
E ter o nosso infinito

Ascenda o fogo
Brinque com os gostos
Seja nudez
E espere minha vez!

Mas acelere
Pra nos manter
No mesmo sítio (vício, vício)
Tanto medo
Tanto "porque"
E tanta crença
Só pode se chamar amor.
sábado, 1 de outubro de 2011
Sempre que a luz morrer
Corra atrás
Do que te faz renascer
Chegue mais

Ao meu prazer

Tente se desconectar
De você
Para, assim,
Repaginar

Nosso prazer
Em ser um só
E depois
Algo mais

Deixe que o toque
Colabore com a dor de nossos beijos
Vá e sempre volte
Toque os seus lábios bem no meu desejo, amor

Vem ser um só
E depois,
Algo mais

Sempre que você me vir
Lute em paz
Sempre que você me sentir
Repita as
Notas mentais
E lute em paz

Deixe que o toque colabore com o resto.
Existe graça em se esconder
E contemplar o infinito
É tão difícil esquecer
Os velhos olhos mais bonitos

Eu me elevei,
Me perdi, me encontrei
Me esqueci, recordei..
Acordei!

O tempo passa e a gente vê
Um horizonte mais bonito
O aprendizado é manter
Nossas bagagens sempre prontas

Sim, já não há
Como esconder
Que o amor renasceu

Sim, mas não vá esquecer
De dirigir devagar
Porque eu
Não conheço esse novo lugar
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