Blasés

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
É seguro estar aqui?
Eu logo penso se eu devo me incluir...

Tão simplesmente a dúvida corrói

Ao avesso, eu sinto medo do futuro
No escuro eu não esqueço

Dos fragmentos, do que se acabou

O tom mudou outra vez
E a cor exibe a nudez
Do que se está por fazer, ou vencer...

É seguro estar aqui?
Eu logo vejo os indícios

Da esperança e dos sacrifícios

O amor se reverbera
E qualquer mente se clareia

Os fragmentos ganham novas formas

O tom mudou outra vez
E a cor exibe a nudez
Do que está por vir
E, então, eu te vi!

Tão simplesmente ,
Anos se passam e o amor
Nunca deixa de ser

Aquele que muda o tom
Que nos faz enxergar cor
No que se está por fazer, ou vencer!
Cá estou
meio perdido
Sei que o amor
É um bom amigo

E eu posso beber de desejos, anseios, gracejos
São fases da minha ilusão, imagens que eu não vejo
Difícil desapego

Coisas que o seu beijo
é capaz de mudar, vem pra cá
Complemente a memória , Seja minha história

Cá estou
buscando acordes
pra uma canção que te acorde


E eu posso beber de desejos, anseios, gracejos
São fases da minha ilusão, imagens que eu não vejo
Difícil desapego

Coisas que o seu beijo
é capaz de mudar, vem pra cá
Complemente a memória , Seja minha história
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Me entorpercer
ao entardecer
de uma vida azul e confusa

Te vejo difusa, como só o amor
é capaz de mostrar

Ah, teu apelo é tão intenso
E teus beijos são...

Como doses de absinto
Pois te admito, te permito e nos sinto

Tão bom esse vício...
Medo de ficar e nunca mais reencontrar a razão

O que é a razão
Perto de sonhos imortais?

Ah meu desejo é tão intenso
E seus olhos são...

Como doses de absinto
Pois te admito, te permito e nos sinto

Tão bom esse vício...
Medo de ficar e nunca mais reencontrar a razão
domingo, 19 de dezembro de 2010
Lúcido sonho
breve e estranho
clássico letal
como um dia cinzento
você sabia, que és minha flor?

ainda dá tempo
de sermos imortais...

oque me faz seguir contra maré
é esse sonho lúcido e nao esse crepúsculo...

que faz acabar nosso tempo
de sermos imortais

Reconheço o amor, dentro de uma flor
Reconheço, amor, que és minha flor
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Se vc nao quer sangrar
entao vai sofrer
um pouco mais

as desventuras
do labor
de compreender
o tempo sagaz

no ar,
em outro plano
veja amores
seja
as cores
de um passado
que nunca ousou reconhecer

Se vc nao quer sonhar
entao nao viva,
entao nao durma!

E, assim, nunca vai entender
sobre o seu tempo
sobre sua luta!

Em viagens
exta-corpóreas
sinta as dores
seja
os amores
de um tempo q nunca viveu
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Acho que você
Deve evitar qualquer
Conflito
Que envolva a psique, eu sei que é difícil...

Abusar de golpes baixos
faz de você um fraco?
É bem mais fácil ser
Do que sonhar e não fazer

Suje suas mãos,
Ganhe razão!

Deixe o sabor da dúvida
Prove o calor da culpa
Sei que suas mãos estão sujas
Mas se atire, se envolva
e se deixe viver!

Lute, porra!
E, assim, morra

Com dignidade
E sem falsidade
É bem mais fácil ser
Do que sonhar e se perder
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Real:

Impossível...
eu não resisto
pois no final
tudo se transforma
num choque de palavras...
em prazer

E se for virtual,
entao como é legal?
Eu preciso de tato...
você sabe oq é tato?

Pele na pele
gostos gostosos
línguas, corpos
beijos, sussuros e gemidos...

Foi bom pra você?

Virtual:

Impossível...
sim, existe
um local, cujo final
é um intenso orgasmo
de bytes

frames por frames
pixels gostosos
posts, tags, adds
follows e unfollows

Eu perdi a conta
de quantas vezes
me esbarrei
numa espécie de tendencia...

Tendenciosamente, sou avesso a tendencias
esse negocio de emotions
"te dolo" pra lá "te dolo pra cá"
é tudo meio fast food

Isso me deixa preocupado com essa geração mais nova
eles esqueceram o valor do sentimento
e acabam burlando e pulando certos momentos
e se frustando cada vez mais cedo...
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Que Raiva de você!
Pensei em te apagar!
Mas, se um dia, eu te vir
será que vou recordar?

Brilho eterno de uma mente sem lembranças
Riso sincero de quem nao sabe dançar
A Dança do amor, tem que aprender a se machucar
tem q aprender a perder
e tem que saber ganhar

Pronto!
Já me arrependi...
Não quero me livrar de ti
hoje percebi

Que a gente quem ama,
não importa pq se ama
a gente volta pra cama ou deita no chão...
Onde tudo começou?
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Acorde
de um transe qualquer
aposte
na falta de sentido...

Alucinógena nuvem do amor
tem 29 razões para ter calor
abençoado disco voador
faz a razão
dessa canção
cair

Merda...
é no que resulta um conflito banal
Aperta!
é o que se pede
quando deixa de ser casual

Alucinógena nuvem do amor
tem 29 razões para ter calor
abençoado disco voador
faz a razão
dessa canção
cair por terra
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Isso está acima da lei
E é Tão irritante que já não sei mais
Se é só pesadelo ou grande medo de reviver um infeliz clichê
Pare! Não, volte!

Assombrar(nos sonhos),
Confundir Futuro e passado
Me desmembrar
Vem ser meu passado, nunca meu presente, talvez meu futuro...

Eterno conflito entre o consciente e o sub...
Me vejo indeciso quanto ao que fazer com a razão
Eu já quis, não quero mais, mas talvez volte a quer

Assombrar(nos sonhos),
Confundir Futuro e passado
Me desmembrar...
Vem ser meu passado, talvez meu futuro
Acordar
E caminhar num sonho
Talvez do passado, não sei do presente, quiçá do futuro...
quarta-feira, 30 de junho de 2010
Mais de um mês de hiato entre uma postagem e a outra, me sinto mais velho cronologicamente (já estava na ultima postagem, mas era algo imperceptível), e lento para postar devido ao turbilhão de idéias que minha nova idade me trouxe. Estou tentando transformar isso em poesias e canções. Como é bom envelhecer! Essa música traduz, mais ou menos, esse turbilhão de idéias que me atropelou por esses dias...

Batucada

Se eu quisesse achar
Toda essa batucada
Tão interessante

Quanto esperar a chuva
Chegar,
Vinda do horizonte

Iriam transbordar
Sentimentos que, até então,
Estavam esquecidos, quase destruídos...

Haverá mais batucada?

Tenha medo de ter medo
De batuques, desejos
Tudo o que se presume estar

Nessa tempestade
Que te agarra e te beija
Bem assim, sobremaneira

E te faz confundir razão e emoção
Descobre e desperta
a vontade de querer batucar

E se, um dia, eu achar
Essa tempestade
desinterssante?

Haverá mais batucada?
terça-feira, 25 de maio de 2010
Hoje eu acordei
sentindo falta
do que se perdeu
pelo tempo frágil, sempre tao instável

Me senti estúpido...
estava tão lúcido...

Mas seus lábios me tocaram
num flerte perigoso
com minha imaginação
Corpos se enlaçaram
e na escuridão

Fractais de desejo
irroperam de nossas dermes
saciando toda sede
de reparação...
que saudade!

Aí eu acordei
com um estranho som
de... sirenes?
Sirenes da realidade.

sábado, 24 de abril de 2010
Anos após minha ultima postagem, olha eu aqui de novo... Descobri que tem muita gente que acompanha o blog e fiquei impressionado com isso...
Hoje tem mais uma canção/poesia que compus recentemente. Ela fala sobre amor, sobre improvisar, sobre a simbiose música X relacionamento. O inicio de um amor é uma balada, depois surgem as pitadas de rock, quando as coisas ficam mais agitadas, blues quando há tristeza, tango na hora da sedução, pop rock na hora de conhecer os parentes e amigo... Mas o que realmente deve imperar em um relacionamento é Jazz. Porque amar, ao meu ver, é exercitar a arte do improviso, é a maleabilidade do imprevisto... Enfim, falei de mais e esqueci do verdadeiro propósito do post que mostrar a poesia:

Be my jazz

Tem que fluir
Deixar rolar...
Se a gente nao der certo
não vai ficar em aberto?
vou te dizer
oque vou levar pra sempre

You always will
be my jazz
that sounds free
in my heart
healing my pain

Como o Jazz do refrão
Em nós dois jaz a razão
é só improviso
Com um leve toque de blues
a tristeza é nossa cruz
e eu nem implico

You always will
be my jazzy
that sounds free
in my heart
healing my pain

You always will
be my Jazz, blues, tango, pop, rockn roll
that sounds beautiful
in my life
i have no shame...
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
"O futuro é um belo acorde dissonante"
Mais uma vez filosofei e foi sucesso nos melhores botecos de salvador. Deixe-me explicar: O acorde dissonante é aquele com o som esquisito, como o proprio nome diz, alguma coisa destoa do normal. Ele é imprevisível: Começa com uma nota normal e termina da forma mais inesperada possível... ele é a preparação pra algo maior e mais sublime. Na vida é assim também: tudo inesperado. E pelo simples fato de o futuro se comportar dessa forma é que nós humanos temos um intenso desejo por ele. Diria até que temos saudade dele. Porque, antes, o futuro já fez parte do presente (no exato momento em que fazemos nossas projeções). Isso me permite inferir com todo o meu conhecimento filosófico "botequista" que nós humanos temos saudade do desconhecido... pois sabemos oque queremos mas nao fazemos idéia de como as coisas vão suceder...
enfim, todos temos saudades eternas do desconhecido...

Saudades do desconhecido

Um por um
eu quero ver
se vai ganhar ou se vai perder

A nossa vez chegou e
nao dá esconder
é isso q dá se envolver
com alguém q te conhece demais

É tão estranho
sentir saudades do desconhecido,
do que eu nao vivi...

É, bem, verdade...
sinto saudade...

A nossa vez chegou e
nao dá esconder
é isso q dá se envolver
com alguém q te conhece demais

Eu vou praí
pra construir o amor
Simples assim:
eu to aqui pra vc

André Dias
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Jeffrey Scott Buckley foi um grande cantor que infelizmente não viveu tempo suficiente para cair nos braços das grandes massas. Eu mesmo só o descobri dez anos após sua trágica e precoce morte(morreu afogado e aos 31 anos)porque graças a Deus ele é influencia de grande parte das bandas que eu gosto. Além de ter uma voz excepcional ele é era um letrista de muito feeling... Suas letras falam das relações interpessoais de uma forma peculiarmente sofrida e com aquele tom de adeus. Ele é um excelente exorcista e um bom companheiro para aquelas horas de dor de cotovelo... aí vai a poesia... na verdade ela é uma musica(qndo tiver paciencia posto ela aqui):

Curto tempo

...O brilho enterno de um amor,
a sensação de um clamor...
o medo de partir e não ter feito nada
a urgência de finalizar
uma obra
é o prenúncio
de quem sabe que o tempo,
o tempo é curto...

Um último adeus
no banho de rio
é o fim do brio
de enfrentar
o amor e os seus mistérios
a poesia e os seus critérios
é mais um dos bons
que a gente perde
pro egoísmo
da dama da noite...

E os anjos no céu
o recebem cantando:
"aleluia"
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010


O título desse post era pra ser "Quando um filme trascende a tela". Mas enquanto eu pensava no que escrever eis que tive um surto de inspiração e resolvi escrever um poema tendo como inspiração o filme que dá nome ao post.
Já faz um certo tempo que um filme me fez "viajar" por dias e mais dias (o último foi O Brilho eterno de uma mente sem lembranças). O que me leva inferir que a musica já toma mais espaço nas minhas emoções do que qualquer outro tipo de arte.
O filme, basicamente, conta a historia de um jovem inteligente e com um futuro promissor (dentro dos padrões da sociedade), que joga tudo pro alto e resolve atravessar o país rumo ao Alaska(Tem muito mais implícito)... Belo filme sobre as coisas simples da vida e de como devemos lutar com unhas e dentes pelo que queremos. Fica aí a dica. E o meu poema:

Na natureza selvagem

Preso,
no insólito
claustrofóbico
tom de mesmice

Grito e saio correndo
tentando encontrar razão na insanidade
com um esforço tremendo...
nem parece que tenho essa idade

Visito lugares,
pessoas,
costumes,
coisas e coisas boas...

Eu e a natureza
damos inicio a um flerte
que me faz enxergar as belezas
Ah! deixe que a beleza me liberte!

Me deixe dizer que a vida tem
que ser vivida, corrida, amada
Deixe-me dizer que a alegria
só é real quando compartilhada.

-A alegria só é real quando compartilhada.
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Começo 2010 de uma forma bem simples: Lembrando oque de melhor escrevi para os meus amigos, meus parentes, meus amores do passado e meu amor de hj...
Igor e Carol: Casal ímpar, juntos seguraram os maiores perrengues que se pode imaginar, e o amor tá aí firme e forte... aí vai:

O valor das coisas ganha um novo prisma quando se
deixa o caos se expandir, mesmo que por alguns
momentos. É assim que o amor surge "sem querer"...
É assim que ele tem o melhor sabor...
É por isso que é a cura para todo mal...
Enquanto outros prometem mundos e galáxias, nós, simplesmente,
nos permitimos ser felizes...
É assim a nossa dualidade: Um sem o outro deixa de ser um...
É assim a cada sorriso, a cada canção,
a cada beijo, a cada momento vivido e os que ainda
há de se viver...
O amor é assim: simples como o acaso.
... Por fim, após quase 14 meses de ausência "intelectual", lembrei do blog e de todo o labor que é blasear... ter insights(ainda não tive nenhum), escrever... Ah! A máxima de que escrever é exercício nunca se fez tão presente em minha louca vida.
Esse "ano sabático" foi terrível para minha fertilidade mental: fiquei sem compor minhas canções(quem me conhece sabe o quanto isso é importante pra mim), sem escrever as tais poesias, sem blogar e principalmente blasear. Durante todo esse período massacrante a pergunta que eu mais me fazia era: "porque isso? porque eu?". Só agora que recuperei a bendita inspiração é que me dei conta de que tinha parado, também, de anotar minhas idéias em qualquer lugar. Porque às vezes a idéia vem no onibus, na rua, no banho, enfim, na horas que menos se quer pensar "blaseísticamente". Depois que entendi o que estava faltando tudo fluiu como antigamente.
Há quem diga que eu tenho que procurar um neurologista porque minha memoria já não é mais a mesma(Até acredito nessa hipótese). Mas o lance é exercitar a escrita e o jeito blasé de pensar... e isso eu acho que minha (falha) memória me devolveu.
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