Blasés

segunda-feira, 29 de setembro de 2008
É. Não apareci.
Não consegui.
Não pude.
Cheguei a me vestir,
cobri meu corpo com a roupa mais natural que consegui encontrar no armário,
a idéia era me mostrar confortável, exata, perfeitamente encaixada em mim.
Não queria que você vislumbrasse sequer vestígios da desorganização em que fiquei quando você desapareceu.
A desordem era só minha.
Me lembro de você apontando a lua.
"Gosta?"
"Muito"
"Então é sua"
É, você me deu a lua e eu a guardei.
Talvez esse tenha sido o meu erro.
Não se guarda o que não se tem.
E eu, em calma inocência, sem entender direito,
aceitei a lua que seus olhos tristes insistiam em me dar,
mesmo sabendo que ela nunca poderia ser minha.
E, na ânsia de querer aquela lua que nunca poderia ter,
acabei me esquecendo - de que exatamente somos feitos?
É que eu já almejava o sol que você um dia poderia vir a me oferecer,
eu não me contentava mais apenas com as ruas calçadas que ouviram os nossos passos e risos madrugadas afora.
Eu queria mais.
Foi quando seus olhos começaram a me fazer perguntas apressadas e ansiosas.
E eu, que queria tudo - as perguntas, as dúvidas, a lua, você - eu que queria tudo não tinha as respostas pra te dar.
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Diante, do mar e da música. Surge a pergunta:
-Você perdoria uma traição?
-Nããoo!!!A única reação a essa resposta foi uma cara de, "ñ era isso q eu queria ouvir".(rsrsr)

Então porque a pergunta, se no final das contas o amor q os dois sentem, vai voltar a tona e se realmente ñ houver o perdão, nessa hora, vai chegar o arrrependimento...Arrependimento de não ter conversado antes sobre a relação, de ter deixado os momentos simples e felizes passarem despercebidos, e saber q alguém quer estar do seu lado, msmo depois de ter errado,mas vc escolheu ficar só!
Não q eu esteja defendendo a traição, que em alguns casos é só um motivo de "acabativa"(uma péssima forma de "acabativa", por sinal. mas fazer oque, tem gente q ñ tem criatividade)....
Não perdoar quem se ama, é um traição consigo msmo, uma covardia de ñ querer adimitir o amor, o maior culpado disso é o medo q existe em nós, p/ nos proteger, e que nos fazem perder sensações de prazer absurdas, até então nunca sentidas.
Então, o melhor a fazer é "perder a noção do perigo"(rsrsrs) e ñ deixar q o medo mantenha nossos pés no chão.


... E depois de alguns momentos de reflexão, ele sai.
Pela sua cara já nem lembra mais da resposta negativa, e pelo visto perdeu a noção do perigo!!!!




P.s.: Nunca peça conselho amorosos a estranhos, vc pode piorar sua confusão
Assistir ao por do sol do MAM, além de tá me fazendo um bem absurdo, tem sido, também, incomensurávelmente fertéis aos meus pensamentos filosóficos de botequim… Em minha mais recente ida, ouvi em meio ao burburinho das diversas pessoas que lá estavam, a seguinte expressão: “eu peguei a matemática da coisa!”. Não me pergunte o contexto em que estava inserida essa sentença porque eu não sei responder… enfim… aquilo mexeu comigo… vim pra casa (em meio a mais conversas sérias) com isso na cabeça.
Confesso que ter insights filosóficos ainda é um processo complicado pra mim… não tô nem um pouco acostumado… aí vai: “Feliz daquele que souber lidar com a matemática das coisas”. Matemática, como todos sabem, é muito mais que números, é uma forma de “quantificar” as “n” interpretações de “x” problema. Isso se aplica à vida… acredito que as nossas situações cotidianas são sim problemas matemáticos. São as famosas equações não-lineares, que segundo os matemáticos tentam transcrever em numeros, eventos aleatórios.
A analogia é a seguinte: - Quando temos algo que damos como certo e, do nada, surge uma nova concepção que passa a por em cheque todo o “correto”. O famoso Certo pelo duvidoso. Oque se faz? Desespero? Coragem? Sei lá?(!) Olha a não linearidade funcionando… Quando colocamos tudo no papel(acho que essa é a melhor forma de resolver qualquer coisa) temos sempre MAIS de um lado para analisar. (Matemática!!!!)
Então temos dois caminhos a seguir(Matemática de novo!!!): Optar pela Lógica(PQP!! Matemática!!!) ou ir pro inesperado(Ufa! Equações não-lineares… peraí! Matemática!!). Sempre números. Sempre problemas… As soluções surgem através da nossa capacidade de absorver e/ou interpretá-los.
Ô negocinho complicado é esse chamado MATEMÁTICA! Nunca fui bom nisso(na escola). Na vida não tem jeito… ou aprende ou apanha o tempo todo… O cara que conseguir resolver suas equações será recompensado pelos lampejos da felicidade… aí tá a (des)graça da vida!(?) Números…. A MATEMÁTICA DAS COISAS…
Preciso continuar desfrutando do pôr-do-sol….
Pelo visto não faz só bem à minha boa fase na vida… mas também ao meu intelecto.
quarta-feira, 10 de setembro de 2008















Ontem eu fui ver, depois de 281378210392102 mil anos, o pôr-do-sol… momento pra refletir, blábláblá… apesar das conversas muito sérias que tive lá, eu, internamente, refleti sobre aquelas cores, aqueles “borrões” e “fachos”(como diria meu amigo Digous). Aí que tá o grande lance do pôr-do-sol: ele é pura metáfora! Eu não pude deixar de perceber, ao olhar pro céu(e ao mesmo tempo conversando pacas), quantas vezes na vida o nosso sol se põe… Normalmente isso acontece nos momentos de mudanças, quando se constata que algo já não “bate” como antes. Ou até mesmo nos momentos depressivos, porque, como se sabe, após o sol vem a escuridão(isso vai de acordo com as fases da lua, assim como na vida). É incrivelmente assustador ver como essas metáforas são quase tangíveis. Existem “n” impressoões sobre o pôr-do-sol… mas uma das mais fascinantes é quando a gente enxerga as pessoas sob tons de cores nos quais não estamos acostumados… “O reflexo das cores se misturam com as metáforas que cada um traz como fardo, causando assim, no momento do pôr do sol uma troca de experiencias silenciosa”. Eu e meus insights… bah… O mais importante desse “evento diário da mãe natureza”, principalmente o de ontem é que (re)nasceu em mim a NECESSIDADE de ter novos encontros com esses tons e borrões…
domingo, 7 de setembro de 2008
Bendito Nietzsche… causador de uma das maiores reviralvotas na minha vida… eu fui obrigado a fazer auto-reflexões… e achei muita coisa de errado na minha forma de lidar com meus problemas. Segundo ele se o universo tivesse um objetivo ele, pelo tempo de existencia, já o teria alcançado. Que tudo que aqui existe, já existiu outras vezes. É aqui que eu cheguei a meu segundo insight filosófico(tô começando a gostar disso): “Nós sempre temos um antagonista que nos faz acreditar em belas mentiras.”
Lá vou eu tentar explicar minha filosofia de boteco… Que nós somos PROTAGONISTAS de nossas próprias vidas não é nenhuma novidade, mas se imaginarmos que a vida é um roteiro de teatro(ou cinema, ou qualquer história contada) veremos que estamos cercados de coadjuvantes e antagonistas. Os coadjuvantes são as pessoas que fazem parte das nossas vidas(é importante salientar que o coadjuvante TAMBÉM é de muita importancia na vida do protagonista). São nossos amigos, parentes, conhecidos, namorados ou namoradas… é aquele povo que faz justificar a máxima de que o homem é um ser social. O antagonista, ah! O antagonista! Maldito/Bendito antagonista! Pode, muito bem, ser um dos coadjuvantes que venha a se destacar entre os demais e interferir diretamente nas ações do “mocinho”. Ele é o oposto do protagonista. É o “bandido”. Tá lá, muitas vezes pra atrapalhar. Como pra ajudar. Mas NÃO necessariamente deve ser uma pessoa. Pode ser a nossa consciência… Sim ela mesma! É lá que moram nossos preconceitos sobre as coisas… as memórias do incosciente coletivo.
Eu quero(quis) chegar a este ponto: Nossos antagonistas(interiores ou exteriores) nos impedem de enxergar algumas situações que podem vir a ser incomensurávelmente prazerosas. Nos privam de conhecer pessoas, lugares, situações que, eventualmente, causem enriquecimento interior. Contam belas mentiras e muitas vezes nos fazem acreditar que não há possibilidades de melhoria, emulando uma realidade borrada. É IMPORTANTE lutar contra ele porque faz bem pro ego e nos prova que existem sim milhões de outras realidades já existentes(segundo Nietzsche) e prontas pra serem revividas.
E quando acontece do “mocinho” dar um fim no “bandido”?
Ah! Eu pedi pra IMAGINARMOS que a vida é como um roteiro… e como a vida só acaba quando a gente morre(?), ela mesma se encarrega de arranjar outro vilão. Seria mais uma bela mentira acreditar que SEMPRE no fim tudo dá certo.
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