Blasés

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
"O futuro é um belo acorde dissonante"
Mais uma vez filosofei e foi sucesso nos melhores botecos de salvador. Deixe-me explicar: O acorde dissonante é aquele com o som esquisito, como o proprio nome diz, alguma coisa destoa do normal. Ele é imprevisível: Começa com uma nota normal e termina da forma mais inesperada possível... ele é a preparação pra algo maior e mais sublime. Na vida é assim também: tudo inesperado. E pelo simples fato de o futuro se comportar dessa forma é que nós humanos temos um intenso desejo por ele. Diria até que temos saudade dele. Porque, antes, o futuro já fez parte do presente (no exato momento em que fazemos nossas projeções). Isso me permite inferir com todo o meu conhecimento filosófico "botequista" que nós humanos temos saudade do desconhecido... pois sabemos oque queremos mas nao fazemos idéia de como as coisas vão suceder...
enfim, todos temos saudades eternas do desconhecido...

Saudades do desconhecido

Um por um
eu quero ver
se vai ganhar ou se vai perder

A nossa vez chegou e
nao dá esconder
é isso q dá se envolver
com alguém q te conhece demais

É tão estranho
sentir saudades do desconhecido,
do que eu nao vivi...

É, bem, verdade...
sinto saudade...

A nossa vez chegou e
nao dá esconder
é isso q dá se envolver
com alguém q te conhece demais

Eu vou praí
pra construir o amor
Simples assim:
eu to aqui pra vc

André Dias

2 comentários:

Digous disse...

Acredito que quando projetamos em nossas mentes um desconhecido, projetamos na imagem dele o medo que temos sobre ele saber nossos maiores segredos...
Ai passamos a temer o desconhecido por nos conhecer demais!

Mas se nós mesmos não nos conhecemos por inteiro, como um desconhecido nos conheceria...

Então projetamos Deus!

Caroline Fortunato disse...

André, meu caro! Somos todos uns poetas; de boteco, bar, botequim, e afins, vamos versando sobre os assuntos mais tolos e sofrendo o que chamo de "nostalgia do que nunca vivi". Isso acaba refletindo, também, em nossas vidas hoje em dia tão, tão distante daqueles tempos idílicos onde a música era a melhor forma para curar as dores de amor. Os bobos como nós, têm que correr atrás disso antes que o mundo se acabe em água e ceticismo. Precisamos deixar nosso medo do futuro para futuro e ir adiando o inevitável. Abraços mil!

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